sábado, 23 de outubro de 2010

O marketing do RH

O MARKETING DO RH

Muito se fala das transições do mundo moderno, dos novos desafios da competitividade, das mudanças causadas pela tecnologia, da globalização e ainda da necessidade de adaptação das empresas e profissionais de RH a este novo cenário.

No entanto, existe uma grande dificuldade na implementação de novas idéias, atitudes e valores no seio organizacional e é aqui que reside o grande desafio dos profissionais de RH. Todos falam de competências, visão estratégica, avaliação de desempenho bla bla bla bla........ Mas como mudar a postura e visão de uma organização se o próprio profissional de RH, o que recruta, treina e desenvolve estas competências resiste às mudanças em si mesmo?  Mantendo muitas vezes suas mentes paralisadas nos processos e não nas estratégias e no resultado.

Antigamente a burocracia do Departamento Pessoal limitava-se a processos e a uma visão do SER como força de trabalho, hoje o RH deve conquistar seu espaço dentro das diretorias estratégicas e decisivas da organização.

Os profissionais de recursos humanos normalmente são pessoas graduadas em diversas áreas , normalmente das ciências exatas ,com um grau mínimo de competência em relacionamento interpessoal e visão sistêmica. Precisamos de profissionais qualificados para lidar com seres humanos engajando competências, relacionamentos e visão sitêmica além de ter atitudes pró-ativas para manter e harmonizar a ecologia do sistema.

Hoje, é preciso ir além da conduta e trabalhar para a mudança de mentalidade. A função de um RH vai além de gerenciar processos e pessoas, ele é a parte humana da organização que representa e cuida do “SER” na empresa, suas potencialidades e limitações.

É o setor de Recursos Humanos que recruta e desenvolve competências e potencialidades, e deve portar-se como um caça talentos. Após achar os talentos ele dirige, orienta e educa o profissional.

 O RH dissemina e vende a cultura da organização, idéias, valores visão, missão, da organização para seus clientes internos, o que alguns autores chamam de Endomarketing. O RH é responsável também por vender para os gestores e diretoria programas e ações de desenvolvimento da organização, como programas de qualidade de vida e ampliar sua visão à programas de Responsabilidade Social, o que além de gerar uma imagem positiva da organização perante seus Stakeholders ainda amplia lucratividade e produtividade.

Enfim o RH de hoje gerencia competências humanas, Criando desafios, valorizando e desenvolvendo suas potencialidades, remunerando como um investimento e não como despesa e ainda procurando aperfeiçoar a si mesmo e seus próprios valores internos, pois se a porta de entrada da organização, o RH, não desenvolver valores humanos junta a empresa ,ou seja ,ter uma mente limitada e parcial, como desenvolver uma empresa com visão holística?  É quase um milagre.

As Supercorps -e as tendências da gestão de pessoas

Artigo : A vanguarda das Supercorporaçãoes
Virginia Vasques – Agosto 2010

               Atualmente com a velocidade da máquina social e a entrada quase virtual das tendências do século 21, repetir vitórias do passado não são o bastante para infrentar os desafios do presente e do futuro. Estamos sendo solicitados a usar o cérebro e a capacidade de pensar além da capacidade de ser sensível ,criativo e inovador  para que a empresa esteja engajada nas demandas do mercado.
    Contudo para os grandes líderes de mega empresas e antigas corporações é um grande desafio começar a pensar , já que este hábito deve ser criado, pois pensar e criar são competências e qualidades que normalmente não se destacam em grandes empresas.
    Como diz a cientista social Rosabeth Moss Kanter- célebre professora da Harvard Business School- que tem seu nome incluído no ranking Thinkers 50 dos pensadores de negócios, o problema não é só a falta de hábito dos líderes de pensar e sim a falta de tempo e a alta rotatividade dos funcionários inclusive em grandes corporaçãoes que costumam ter um histórico de estabilidade de funcionários. Hoje esta estabilidade está sendo ameaçada pela necessidade de transformação de pessoas e valores.
   As grandes corporações, Supercorps ,como chama a cientista Rosabeth, são agentes de transformação social e individual . Elas têm a responsabilidade de criar valores e comportamentos nas pessoas e parceiros assim como modificar e ajustar os seus próprios valores nos países onde atua.
   A característica mais marcante destas superpotências é a capacidade que têm de transformar a si mesmas  e a sociedade. Com isso a inovação torna-se é um fator decisivo  para vislumbrar as mudanças e liderar o processo. 
    Outra características das Supercorps é a capacidade destas empresas de  motivar e desenvolver pessoas. A motivação advém do cuidado destas empresas com fatores como: Maestria  no trabalho , sentimento de Pertencimento, ter um significado com um trabalho dirigido à um propósito maior, enfim criar um senso de orgulho e participação, assim fazer a diferença na comunidade. Estes fatores geram  comprometimento das pessoas.     
    A mudança e a responsabilidade de inovar são características também essenciais para a permanência das mesmas no mercado competitivo. Estabilidade é uma palavra difícil para o mundo moderno, pois a velocidade de informação e mudança requer que tanto as empresas como as pessoas inovem , em valores, em processos e também em comportamento. Mas a pergunta é estamos prontos para o novo? As grandes empresas permitem idéias e pessoas inovadoras?
   Antigamente inovar significava ameaçar padrões vigentes e hierarquias de poder , hoje pensar assim significa a perda total de mercado perante o NOVO mundo que se apresenta. Finalmente estamos diante do inegável apelo do desconhecido. O sucesso das empresas depende de líderes competentes em liderar o abstrato, o novo, e entender de gente para contribuir com o processo do desenvolvimento humano, social e organizacional.
   Fnalmente as empresas estão se dando conta que o ser humano têm uma capacidade de evolução ilimitada que pode gerar um resultado muito positivo se bem administrado. A liberdade de criar e inovar possibilita as empresas uma flexibilidade perante a estabilidade do mercado.  Ter líderes inovadores e geradores de valor e consciência em seus liderados permite as empresas .cumprir seu papel de geradora de energia e agente de transformação social, onde o motor é o motivo e o motivo é evoluir  por dentro e por fora.

Virginia Vasques